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A hora é de ajustar, se recriar e ousar

O cenário econômico brasileiro, com perspectiva de inflação, provoca o Comitê de Políticas Monetárias (Copom) elevar a taxa Selic.

As notícias dos últimos meses pintam um quadro econômico em nada animador. Segundo, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), o mês de abril, com 61,6% é o terceiro mês consecutivo no aumento de endividados. Já, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a taxa de desemprego subiu para 6,2% em março, conforme o instituto, se trata do maior índice desde maio de 2011. Chegando a casa de cerca de 1,5 milhões de pessoas sem emprego. Segundo o IBGE, a renda média mensal dos trabalhadores está diminuindo, a queda de março chega a 2,8% em relação a fevereiro.

O cenário econômico brasileiro, com perspectiva de inflação, provoca o Comitê de Políticas Monetárias (Copom) elevar a taxa Selic. Para se ter uma idéia do tamanho do fantasma deste dias, a Federação Nacional de Veículos Automotores (Fenabrave), anunciou que cerca de 250 concessionárias fecharam as portas nos primeiros quatro meses do ano. Como fugir desta realidade, está tirando o sono de muita gente. Não se trata aqui entender a causa, mas sim, o efeito gerado pela economia nacional.

  O momento é propício para ajustar, se recriar e ousar. O primeiro passo começa por saber cobrar certo pelo seu produto ou serviço. O Sebrae tem dado variadas e importantes contribuições neste sentido. Só que entender que o lucro está muitas vezes na economia dos centavos, não é tarefa fácil.  Por isso, nunca é tarde em alertar, fazer o preço do seu produto ou serviço por amostragem do que é cobrado no mercado ou mesmo de forma superficial, pode até “colar” por algum tempo, mas logo ali os problemas ocorrerão. As cartilhas do preço a ser cobrado pelo serviço ou produto, sempre orientam do valor a comportar todos os custos que a empresa tem para produzir, todas as despesas que ela tem para vender, e incluir o lucro. Mesmo sabendo que, ninguém é de ferro, não dá para incorporar no valor os excessos. Conselho, se ajustar é o melhor dos caminhos.

  Assim, difundir a fórmula “custo + despesas + lucro = preço de venda” segue tão importante como antes. Porém, cabe a reflexão de que o êxito de uma empresa ou empreendimento, está no entendimento da inadimplência ser computada em porcentagem ao preço ofertado. Assim, se você possui uma inadimplência baixa, média ou alta, é fator relevante. Além, obviamente do cuidado em monitorar o crédito ofertado em tempos de tendência de mercado – com alta taxa de inadimplência e com tendências de desemprego e perca do poder aquisitivo pela inflação. Por tanto, se recriar internamente é o seu diferencial de preço cobrado.

  Porém, o cadafalso, o terreno movediço das empresas está na atração fatal, ao sentir que não possuir escolha, se balizar a partir do valor médio ou igual ao oferecido pela concorrência.. O fato é que, para fazer o preço ser real em época de notícias tão “angustiantes” não basta tão somente possuir o entendimento que deve ser cortado gastos. Se faz necessário exercitar o trabalho em minúcias e incluir tudo no seu custo para chegar ao preço real do produto ou serviço. Bem, feito isso, chega o momento que deve ser realizado o comparativo do que é cobrado em média pela concorrência: se balizar para não cobrar a mais ou a menos desproporcionalmente. Bem, aí caso o seu preço cobrado fique acima do ofertado no mercado, a sua mercadoria ou serviço, de duas ou uma: ou baixa o custo ou envereda sem medo de ser feliz, o produto ou o serviço oferecido em possuir o algo a mais. Ai tem que entrar contudo no ousar.