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Como gerenciar mudanças e antecipar o inevitável

Nova empresa, novo emprego, novo desafio. Quem não tem receio?

Fonte: incorporativaLink: http://www.incorporativa.com.br/mostranews.php?id=11801

Terminar um casamento, trocar de emprego ou profissão, ser transferido para outra cidade de repente, ou, até mesmo, mudar a atitude com relação a algum fato da vida... Quem nunca se sentiu amedrontado diante de uma mudança radical que está prestes a acontecer? As mudanças são processos inevitáveis, que podem ou não depender de nossa vontade. Mas como lidar com as mudanças da melhor maneira possível, tirando proveito da novidade, e, mais ainda, como ser uma pessoa capaz de provocar a mudança, antecipar-se a ela?

O psiquiatra e nutrólogo, Frederico Porto, que atua como Integral Performance Coach e há 20 anos dedica-se ao estudo do desenvolvimento humano, explica que vivemos em um mundo onde a quantidade e rapidez das informações fazem com que as mudanças em nossas vidas sejam cada vez mais rápidas e intensas. Ele acredita que isso aumenta a sensação de desamparo e confusão nos indivíduos, dificultando ainda mais a maneira como lidam com o novo:

- A rapidez e a intensidade das mudanças do mundo atual geram uma pressão enorme sobre todos nós, pois mudar é algo que sempre tentamos evitar, ainda que em vão. Somos animais de hábitos, ou seja, desenvolvemos hábitos, colocamos a vida no automático e criamos uma "zona de conforto". Todas as vezes que temos de sair desta "zona de conforto" sentimos medo, uma emoção que sinaliza que algo que valorizamos pode estar em risco.

O especialista complementa ainda que, até mesmo quando a mudança é boa, tendemos a sentir medo, ou o chamado "friozinho na barriga", e alerta que devemos ter cuidado, para que o medo da mudança não seja tão grande a ponto de causar no indivíduo uma autossabotagem.

Segundo Frederico Porto, o que nos assusta e causa insegurança, no entanto, não é somente a mudança em si, que é um processo externo; mas sim, o processo de adaptação a essa mudança, denominado transição, que é um processo interno. "Uma mudança começa com algo novo, a transição começa com o término do velho, com o fato de que a pessoa tem que abrir mão do passado. Os indivíduos resistem à transição e não à mudança em si. Até quando as mudanças são para melhor, passamos pela transição", explica.

Frederico Porto ressalta, ainda, que, para lidarmos melhor com o novo, devemos nos preparar antecipadamente para as mudanças, em vez de ficarmos apenas à mercê do que acontece ao nosso redor, das imposições do mundo:

- Devemos ser pessoas pró-ativas, já que o ideal é que as mudanças sejam feitas por escolha e não por falta de opção. Para ser pró-ativo, é preciso estar atento aos sinais de que é hora de mudar, por meio de constante reflexão, busca de autoconhecimento e compreensão do mundo ao redor. Por exemplo, terminar um casamento quando ele não vai bem, antecipando um fim ainda mais doloroso; tirar os filhos da escola quando vislumbra algum percalço futuro ou, ainda, como profissional, buscar aprender outra língua ou fazer uma pós-graduação, antes que seja obrigado. Dessa maneira, o indivíduo aumenta o controle sobre o processo e não se torna vítima dele. Além de, claro, não ser pego de surpresa pelas circunstâncias.

Mas não é só isso. De acordo com Frederico Porto, alguns artifícios devem ser usados por quem deseja não só lidar bem com as mudanças inevitáveis da vida, como também ser capaz de promovê-las em benefício próprio:

- Para lidarmos com a mudança com jogo de cintura, devemos ser positivos, buscando sempre algo de bom em tudo que nos acontece. Ter flexibilidade, tentar avaliar a situação por diferentes prismas, é outra grande carta na manga para quem quer lidar com a novidade e tirar proveito dela, ainda que em primeira instância ela não pareça tão interessante. Já para aumentar o poder de ação em busca da mudança, devemos também ter foco, direcionando tempo e energia para aquilo que temos controle, ao invés de reclamar do que não se pode controlar. A organização também é fundamental, pois ela ajuda a definir prioridades e a colocar em prática aquilo que se elegeu como principal.